Crônica de 08 de março de 2016
A propósito do discurso do ex-presidente Lula, quando prometeu que vai viajar pelo pais todo, convocando a militância da cumpanheirada para protestar contra a Justiça brasileira, pela forma como está conduzindo a Operação LavaJatos.
No ano de
27, já quase no meio do ano;
Pelo
norte brasileiro, penetrei a todo pano;
Jurando
sob ameaça, de transformar em fumaça
O sertão
paraibano.
Pois bem, este texto é a abertura de um livrinho de cordel
que relata o espírito de beligerância do cidadão VIRGULINO FERREIRA DA SILVA,
vulgo Lampião, quando resolveu montar uma tropa de jagunços para sair pelo
Nordeste invadindo fazendas, matando os proprietários e estuprando as suas
filhas. O resto da história é de domínio público. O fanfarrão
acabou morto pelas forças do governo.
Agora estamos vendo outro Nordestino metido a cangaceiro
que também está ameaçando sair pelo Brasil afora brandindo a espada da sua própria
justiça.
A cantilena do outro era contra os fazendeiros e donos de
terras daqueles tempos. A cantilena desse agora é contra as “ elites
brasileiras”, numa alusão a todas as pessoas que não comungam das mesmas ideias
dele.
Igualmente, ao Lampião do passado, esse senhor também prega
o mesmo estilo de alternância de poder. A tomada pela força e não pelas ideias,
pelos projetos.
Tanto é que o mesmo nunca teve um projeto de governo para o
Brasil e sim para uma parcela da população, justamente aquela parcela que ele
cadastrou para dar-lhe uma ração na forma de bolsas para utilizar essa massa
como tropa de manobra para a sua ânsia de poder permanente.
Só que
os tempos são outros e o Brasil é outro e as instituições, inclusive a Justiça estão bem mais atentas para qualquer tentativa de desestruturar a ordem pública.
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